Palavras Políticas

ESPAÇO DE EVASÃO , ONDE DEPOSITAREMOS AS NOSSAS EXPECTATIVAS E CONVICÇÕES ,TODOS SÃO BENVINDOS DESDE QUE COM RESPEITO SAIBAM EXPOR E ACEITAR ...

quarta-feira, dezembro 8

Espelho das Águas

(Em memória de um poeta maior da língua Portuguesa)

António Carlos Jobim


Meus olhos cansados procuram
Descanso no verde do mar
Como eu procurei em você
O descanso que a vida não dá
Seria talvez bem mais fácil
Deixar a corrente levar
Quem sabe no fundo eu quizesse
Que tu me viesses salvar
Depois lá no alto das nuvens
Você me ensinava a voar
Mais tarde no fundo da mata
Você me ensinava a beijar
Meus olhos cansados do mundo
Não se cansam de contemplar
Tua face teu riso moreno
Teus olhos do verde do mar
Meus olhos cansados de tudo
Não cansam de te procurar
Meus olhos procuram teus olhos
No espelho das águas do mar
Supõe que eu estivesse morrendo
Mas não te quizesse alarmar
Pensei que você não soubesse
Que eu me queria matar
Meus olhos cansados de tudo
Não cansam de te procurar
Meus olhos procuram teus olhos
No espelho das águas do mar

3 Comments:

  • At 12:18 da manhã, Blogger Unromance said…

    Realmente a minha cultura anda muito em baixo.. Não conhecia Antonio Carlos Jobim :Gostei muito. :)

     
  • At 1:17 da tarde, Blogger Luis Pereira said…

    Bonito, sem dúvida.

    Se eu não gostasse tanto do Tom Jobim, diria que este poema foi redigido pelo PSL no conselho de monistros realizado em alto mar. (Eu sei, lá estou eu a puxar para a política. Mas que fazer ? Está-me no sangue.)

     
  • At 1:41 da tarde, Blogger Monalisa said…

    Muito bonito. Um beijo.

     

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